terça-feira, 20 de novembro de 2007

Sempre estranho.

Encontrei o amor onde menos esperava, na esquina que dobrava sobre os segundos que se esticavam, ali na fila do pão. O essencial. O estritamente necessário. Contraste completo com o efêmero que até então fora eterno e constante em seu não-ser.

Até então.

O simples se apresentava tão mais intenso que o complexo vazio, um engasgar no meu relógio, o nó na minha garganta - desatou.

Achei o amor quando pensava já tê-lo encontrado nas palavras mais perspicazes, e mais falsas e fugazes que o capricho de meus humores.

Comparei esses “amores”.

E percebi que meus sentidos ansiosos enxergaram no implausível o inexistente – ponto final. E compreendi, então, a impossibilidade de saber o que quer que seja, já que nada é válido no terreno do imprevisível, e eu nunca fui estável. A Certeza me será, portanto, para sempre uma estranha.

A manhã não prometia surpresas, mas me revelou o que parecia ser o que eu nem sabia que procurava.

-Oi.