quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Confessando um milímetro de saudade...

Não paro de pensar, e cada vez penso mais. Foste a primeira coisa que concebi ao sair da cama pela manhã e a última a qual me dediquei a noite, antes de dormir. Guardo para mim tal anseio pelo receio (rimei!) que carrego como herança graças ao recente histórico que deixou dilacerada minha auto-estima.

Se no engarrafamento lembro-me de seu sorriso e antes mesmo de sonhar em te ter já escrevo textos melosos confessos, guardo o pavor de alguém que teme o que quer e que não leva consigo a confiança necessária para acreditar que tais sentimentos sejam possíveis, plausíveis e realizáveis.

A óbvia falta de reciprocidade faz com que engenhe que seria melhor ignorar tais devaneios, os quais considero insanos. Ao mesmo tempo em que, a lembrança de que o vazio no peito é desgastante e desagradável, me permite acreditar que qualquer sentimento faz com que haja, ao menos, a esperança. E a doçura com que ela ajuda a viver me torna mais corajosa para continuar.

Deixo subentendidos meus desejos, sempre com a velha defensiva da boa amizade que, aqui, confesso ir além de inocentes sentimentos de companheirismo, compaixão e carinho. Mesmo que ainda muito longe do tal amor, que tantos dizem sentir de uma forma inconseqüente, admito que tu não sais da minha cabeça e eu, por mais horas que tenha dedicado a pensar a respeito, ainda não encontrei solução para isso. E nem sei se quero. E o pior, ou talvez melhor, é que nem sonhas em saber disso!