quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Menina eu

Grande pequena menina, na casa dos vinte e poucos, com seus pés pequenos e grandes aspirações.
Menina grande em seus sonhos, suas vontades de mudar o mundo como quem nunca deixou de ter esperança.
Menina forte que absorve as dores de todos para simplesmente não sofrer vendo penar no olhar de quem bem quer.
Menina pequena que cresce sentindo a angustia de quem não quer ver o tempo passar.
Menina feliz que canta e dança dirigindo, que sorri com lembranças e gargalha com os amigos.
Menina triste que esconde os olhos vermelhos de lágrimas por trás das lentes escuras dos óculos de sol.
Menina de fé que pede a Deus por todos aqueles que ama e que agradece a cada manhã por acordar e a cada noite por dormir.
Menina boa, que sabe oferecer doçura, amor e carinho a quem precisa.
Menina má que sabe oferecer ódio e rancor, grosseria e palavras fortes quando ignorados seus sentimentos.

E ela é algo entre a freira e a puta, a mãe e a criança, a santa e a pecadora. Ela é a inocência e a culpa. Pode ser sua defesa ou promotoria, a doçura ou a estupidez encarnada. Ela é o egoísmo e a devoção. Ela é tudo e é nada, qualquer coisa menos um meio termo. Pode ser seu céu ou seu inferno, ser um demônio ou seu anjo na terra. Pode te amar ou odiar, em um piscar de olhos, com uma intensidade nuclear. E tudo depende unicamente dos olhos de quem vê, das atitudes de quem faz e do coração de quem sente.